Por Júlio Barretto Gadelha.
Se é assim, por que que é assim? Não pode ser diferente? Acho que essa frase diz muito sobre as possibilidades de uma reflexão sobre o ensino de arquitetura em nossos dias de hoje, e qual caminho sugerir para um olhar mais sensível sobre o futuro que nos espera.
Devemos entender a diversidade de pensamentos como a coisa mais importante para se trabalhar. As possibilidades de propostas diferentes para um mesmo tema é o que move a discussão e o entendimento do mundo a nossa volta.
A importância de se pensar a cidade REAL com suas possibilidades de transformação, é essencial para que nós professores e professoras de Arquitetura e Urbanismo, possamos desenvolver ações que solicitem um pensamento “fora da caixa”, no sentido de ter um posicionamento crítico em relação a forma de se passar conhecimento na universidade.
A relação direta de estudantes com o estudo do território, com as possibilidades de criar e transformar espaços, com a interação com a sociedade civil deve ser parâmetro para ações de ensino de PROJETO.
O projeto de arquitetura como catalisador de saberes, onde o estudo acadêmico se reverta como possibilidade de novos olhares sobre nossa realidade brasileira. Ser local, ao mesmo tempo sendo universal.
Sinto que nós como arquitetos e arquitetas, professores e professoras, cidadãos, devemos ter consciência da tamanha desigualdade social em que vivemos. É urgente que a universidade atue e proponha, exercícios práticos e/ou teóricos em áreas de vulnerabilidade social de nossas cidades. Para que o futuro arquiteto e a futura arquiteta, tenham entendimento do papel social de nossa profissão.
Uma dica: parafraseando o arquiteto Vilanova Artigas, a sala de aula é a CIDADE, a cidade é a SALA de AULA.